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celulose e papel aracruz/vcp/fibria
2010-03-15 | Tatianaf

A direção da ex-Aracruz Celulose (Fibria) admitiu, pela primeira vez, a possibilidade da venda de terras e fábricas de papel para estancar as perdas com a crise financeira internacional, além de alavancar a produção de celulose. De acordo com reportagem da Agência Estado, a transnacional analisa um leque de opções para reduzir seu endividamento e garantir os recursos para o seu primeiro plano de expansão.

De acordo com o diretor de Relação com Investidores da ex-Aracruz, Marcos Grodetzky, uma das operações analisadas está associada exatamente ao interesse de investidores por terras no Brasil. "Estudamos uma operação um pouco diferente do normal. Buscamos parcerias ou uma venda, mas associada a um arrendamento de terras e uma opção futura de compra", adiantou o executivo à Agência Estado.

Essa deverá ser a terceira operação para a garantia de fluidez da companhia. Depois de arcar com perdas estimadas em R$ 4 bilhões em função de derivativos tóxicos, a empresa recorreu a operações financeiras junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e ainda a venda unidade de Guaíba (RS) para o grupo chileno CMPC, por US$ 1,4 bilhão.

Com essas operações, a recuperação dos preços internacionais da celulose e a expectativa de crescimento da geração de caixa da companhia, o executivo acredita que a companhia poderá encerrar 2010 com endividamento menor. A Fibria deve desembolsar neste ano cerca de R$ 600 milhões apenas com o pagamento dos juros das dívidas.

Mas, apesar do cenário adverso nas finanças, a companhia pretende ampliar a sua participação no mercado de celulose, cujo principal ativo é a unidade industrial Aracruz (antes conhecida como Barra do Riacho). “Entre crescer em celulose ou papel, não há dúvidas de que cada dólar investido na celulose traz retorno maior do que na área de papel”, afirmou Grodetzky.

O movimento do executivo vai ao encontro de uma tese cada vez mais forte nos bastidores da ampliação do mercado da celulose. A expectativa é que a produção da commodity chegue em 2020 a 44 milhões de toneladas em todo o País. No ano de 2009, foram produzidos 14 milhões de toneladas apenas no Espírito Santo, um dos principais estados produtores da matéria-prima.

Sem informar dados sobre o plantio, a expansão da monocultura é motivo de preocupação entre ambientalistas e agricultores. De acordo com o último número divulgado, a ex-Aracruz Celulose (Fibria) possui mais de 250 mil hectares plantados com eucaliptos e mais 86 mil hectares distribuídos em pequenas propriedades agrícolas através do projeto Fomento Florestal em 132 municípios do Estado, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A companhia desmatou mais de 50 mil hectares de mata atlântica no Espírito Santo, somente em sua fase de instalação, na ditadura militar. A empresa usa, até hoje, as chamadas capinas químicas – um coquetel de agrotóxicos, com predominância de herbicidas e formicidas – nos eucaliptais.

(Por Nerter Samora, Século Diário, 15/03/2010)


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