Cerca de mil agricultoras do Rio Grande do Sul entraram em confronto com a Polícia Militar durante uma manifestação em Rio Pardo (RS). Durante a manhã desta quarta-feira (3), elas interromperam a circulação de veículos na BR-471, que liga Rio Pardo a Santa Cruz do Sul (RS). Os policiais usaram granadas de efeito moral e deram tiros de borracha para conter as manifestantes. Pelo menos uma mulher ficou ferida.
As mulheres integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina também promoveram outros protestos no estado. Um deles aconteceu em Esteio (RS), quando a rodovia BR-116 foi fechada diante de uma fábrica de alimentos transgênicos. O trânsito na região não foi afetado, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Outra manifestação ocorreu em Porto Alegre, o grupo ocupou dois andares da delegacia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em frente ao prédio, as mulheres fizeram a amamentação simbólica de esqueletos, para protestar contra o uso de agrotóxicos e transgênicos. A Brigada Militar chegou a reforçar a segurança no local.
Em outra ação, em Palmeira das Missões (RS), cerca de 800 mulheres bloquearam por duas horas a RS-569. O objetivo é protestar contra a demora nos processos de reforma agrária. Na tarde desta quarta-feira, os manifestantes seguiram em marcha até o campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde protestam contra um projeto de estudos para a fabricação e patente de produtos transgênicos.
(G1, 03/03/2010)