Agricultores familiares de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são os protagonistas do vídeo-documentário Sementes de Uma Vida Nova, apresentado pela Monsanto, nesta segunda-feira (01/03). Os produtores contam como a adoção da biotecnologia teria possibilitado o aumento de produtividade e a sustentabilidade nas lavouras.
Umas das histórias mostradas no filme é a de Roberto Ciarini. Sem muitas perspectivas de crescimento no campo ele deixou a plantação de soja do pai em Benjamim Constant, RS, e foi para Erechim estudar e trabalhar. Ficou lá por três anos, e voltou ao saber que a soja geneticamente modificada estava mudando o cenário nas lavouras. No vídeo, ele afirma que a adoção da soja e do milho transgênicos geraram maior lucratividade e diminuição dos gastos, o que teria possibilitado novos investimentos na propriedade. “Temos a vantagem do custo-beneficio; isso aumentou a renda da família, dando condição para a compra de maquinário agrícola melhor e aperfeiçoado, como tratores novos e plantadeiras”, diz. Roberto conta que, em meados da década de 80, a família plantava em 15 hectares de terra; hoje são 75 hectares.
No relatório sobre a produção de alimentos geneticamente modificados no mundo, apresentado na semana passada pelo Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa), dos 14 milhões de produtores de transgênicos no mundo no ano passado, 90% foram pequenos agricultores em países em desenvolvimento. No Brasil, a estimativa é de que hajam 100 mil pequenos produtores utilizando a biotecnologia no plantio.
Em 2009, o país se tornou o segundo maior produtor de transgênicos do planeta, com 21,4 milhões de hectares. A soja geneticamente modificada representou 16,4 milhões de hectares, enquanto o milho transgênico ocupou 5 milhões de hectares.
(Por Keila Cândido, Revista Globo Rural, 02/03/2010)