Doença se alastra pela Região Noroeste e preocupa autoridades de saúde
Depois de Ijuí, Santa Rosa é o novo foco de preocupação das autoridades de saúde do Estado. Ontem, o município confirmou três casos de dengue, todos contraídos na própria cidade da Região Noroeste. A prefeitura decretou alerta epidemiológico, já que há outros 15 casos suspeitos.
Os pacientes apresentaram os sintomas no começo da semana passada, e o material coletado foi enviado para o Laboratório Central do Estado (Lacen), que confirmou a suspeita de dengue. Agora, é aguardada a confirmação dos resultados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Os outros 15 casos suspeitos estão sendo monitorados. Apenas uma pessoa está hospitalizada.
Com a confirmação dos casos, Santa Rosa decidiu intensificar o ataque aos focos de Aedes aegypti. Agentes de saúde fazem aplicações de inseticida num raio de 300 metros por onde circulavam os pacientes suspeitos. Um carro de som alerta a população a eliminar locais com água parada, e equipes fazem mutirão com apoio do Exército, para recolher entulhos.
Além de Santa Rosa, Santo Ângelo, nas Missões, notificou seis casos suspeitos de dengue. Em Ijuí, a situação se agravou ontem com a confirmação de mais cinco casos suspeitos de dengue hemorrágica. A cidade está em alerta com a possibilidade do aumento de casos do tipo mais grave da doença.
Responsável por abastecer 120 municípios da região, o banco de sangue do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) está entrando em contato com doadores cadastrados. A preocupação é que não faltem plaquetas, indispensável para a defesa do organismo. Segundocom o diretor técnico do HCI, Airton Buss Júnior, os cinco pacientes não correm risco de vida. A mulher de 40 anos que teve dengue hemorrágica confirmada na sexta-feira também se recupera bem.
Ontem, mais de 7 mil alunos retomaram as aulas na Unijuí. No domingo, a Vigilância Ambiental pulverizou a área externa do campus. Segundo a vice-reitora de graduação, Antonia Carvalho Bussmann, a orientação é de que os alunos se previnam:
– Estamos orientando os acadêmicos para que utilizem calçados fechados, calças compridas e repelente.
(Por Leila Endruweit, Zero Hora, 02/03/2010)