A criação do Refúgio da Vida Silvestre do Rio Pelotas e dos Campos de Cima da Serra - área de 270 mil hectares localizada em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul - depende apenas da autorização do presidente Lula para se tornar realidade. "É uma região de extrema importância biológica devido à quantidade infinita de nascentes", ressalta Káthia Vasconcellos Monteiro, ambientalista da instituição Mira-Ferra. Na opinião dela, a criação do refúgio é uma maneira de preservar a natureza e de incentivar o turismo sustentável na região.
Estudos de reconhecimento do local e de impacto sobre a atividade econômica já foram feitos pelo Ministério do Meio Ambiente, além de uma expedição da qual participaram ambientalistas, geólogos e biólogos. Para o vereador Beto Moesch (PP), que já visitou a área, é muito importante que a Unidade de Conservação seja constituída. "Isso será essencial para a preservação da região e para evitarmos a instalação de empreendimentos que possam afetar as riquezas naturais", alertou. Moesch disse ter sido positiva a receptividade das comunidades, mas acredita ser necessário esclarecer melhor os benefícios do refúgio aos proprietários das terras. "Precisamos avançar nesse aspecto".
(Correio do Povo, 01/03/2010)