A brasileira Fibria, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto e fruto da fusão entre as fábricas de celulose Aracruz e Votorantim Celulose e Papel (VCP), informou hoje que obteve em 2009 um lucro líquido de R$ 558 milhões, recuperando em parte as perdas de 2008.
Com capacidade de produção anual de 5,4 milhões de toneladas de celulose, a empresa teve em 2008 perdas líquidas de R$ 1,310 bilhão, somando os resultados da Aracruz e da VCP antes da fusão.
No comunicado enviado aos investidores, a empresa atribuiu o bom desempenho do ano passado ao aumento da demanda mundial por celulose e à alta dos preços graças à recuperação da atividade econômica e ao retorno da liquidez nos mercados financeiros globais.
"A maior disciplina na oferta de celulose por parte dos produtores, combinada com o forte demanda da China, gerou uma sequência de sete aumentos de preços", acrescentou Fibria.
Apesar do bom resultado do ano em geral, no quarto trimestre, a empresa registrou perdas de R$ 150 milhões, frente ao lucro de R$ 181 milhões do terceiro trimestre. As perdas do último trimestre foram inferiores às sofridas no mesmo período de 2008 (R$ 968 milhões).
Segundo o balanço anual, a receita da empresa subiu 1% em 2009 em comparação com 2008 e ficaram em R$ 6 bilhões. O resultado bruto de exploração (Ebitda), no entanto, foi em 23% inferior ao de 2008 e alcançou os R$ 1,697 bilhão.
Com relação aos resultados operacionais, a empresa informou que a produção de celulose aumentou 19% em 2009, para os 5,19 milhões de toneladas, e a de papel caiu 2%, para as 369 mil toneladas.
As vendas de celulose cresceram 27%, para 5,25 milhões de toneladas, e as de papel desceram 7%, até as 418 mil toneladas. Fibria informou igualmente que conseguiu reduzir em 18% sua dívida líquida, que no fim de dezembro somava R$ 10,747 bilhões.
A empresa, que conta com seis plantas em diferentes estados do Brasil e 15 mil funcionários, compartilha com a sueco-finlandesa Stora Enso a fábrica de celulose brasileira Veracel. Fibria administra 1 milhão de hectares de terras, dos quais 40% destinado à preservação das florestas nativas.
(Efe, G1, 26/02/2010)