Comunidades carentes e cooperativas de catadores de materiais recicláveis de Recife-PE serão capacitados para atuar na redução das emissões Clorofluorcarbono (CFC), responsável pelo aumento do buraco na Camada de Ozônio, que protege a terra contra o excesso de radiação solar.
Técnicos do Ministério de Meio Ambiente apresentam, nesta sexta-feira (26), para os representantes dos governos estaduais, municipais, associações de catadores de material reciclável e companhias de eletricidade e limpeza urbana de Pernambuco uma proposta de Projeto Piloto de Coleta de Refrigeradores, os principais causadores do lançamento do gás na atmosfera.
O workshop será no auditório da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco, Rua Vital de Oliveira, nº 32, Bairro do Recife - Recife, às 9h. O evento integra o projeto de Gerenciamento de Bancos de SDOs no Brasil, coordenado pelo MMA. SDOs são substâncias destruidoras da camada de Ozônio.
Geladeiras e ar condicionados produzidos antes do ano 2000, boa parte ainda em uso pelas populações carentes nas grandes cidades, estão entre os principais alvos do programa governamental brasileiro de redução de CFCs.
A estimativa é de que maior parte dos refrigeradores antigos descartados acabam sendo coletados e desmontados pelos catadores, sem preocupações com a destinação dos CFC´s. Além disso, eles são produzidos com espuma e outros materiais poluentes, como mercúrio e óleo, que descartados diretamente no ambiente, poluem e representam riscos à saúde pública.
O Ministério das Minas e Energia prevê que as concessionárias de distribuição de eletricidade promovam a substituição de 10 milhões de aparelhos até o final do programa.
Em parceria com o governo alemão, por meio do acordo de cooperação (GTZ), a região vai receber uma planta de manufatura reversa, indústria capaz de reciclar os refrigeradores, separando as substâncias que atacam a camada de ozônio e dando destinação correta aos demais poluentes empregados na sua fabricação.
As concessionárias distribuidoras de eletricidade são obrigadas a investir 0,5% de seu lucro líquido em projetos de eficiência energética, sendo que metade disso é destinado às populações carentes.
(Por Paulenir Constâncio, MMA, 25/02/2010)