Na estação quente do ano é comum ocorrer acidentes com as lagartas taturanas, porém, nas últimas semanas, o número de pacientes atendidos pelo Pronto-Socorro da Santa Casa aumentou consideravelmente.
Na tarde de ontem, a reportagem do Jornal MINUANO foi confirmar a notícia e em menos de 30 minutos presenciou que duas pacientes aguardavam atendimento depois que tiveram contato com a lagarta. De acordo com a enfermeira Luciane Leal Bianchin, diariamente chegam ao Pronto-Socorro de três a quatro pacientes na mesma situação. Ela menciona que a dor intensa faz com que as vítimas procurem atendimento imediato. Para aliviar a sensação de queimação, são medicadas, na maioria das vezes, com analgésicos e antialérgicos, realizam exames laboratoriais de sangue e ficam em observação por algumas horas, porém, o procedimento varia de acordo com a conduta médica.
A enfermeira salienta que as espécies encontradas no Rio Grande do Sul não são venenosas a ponto de levar a casos fatais.
As vítimas da tarde de ontem
A professora estadual Ligia Azambuja, 49 anos, foi uma das vítimas da taturana. Ela recorda que tinha um aspecto cinza esverdeado e estava sob uma pedra, embaixo de uma goiabeira. “A dor é violenta. A sensação é a mesma como se os dedos tivessem sido apertados na porta”, descreve a professora que encostou dois dedos da mão direita na lagarta.
Assustada, a estudante Cássia de Oliveira, de 20 anos, chegou ao Pronto Atendimento trazendo o marandová em um pote de plástico. Ela conta que estava sentada na Praça Silveira Martins quando viu a lagarta em cima do seu pé. Cássia solicitou auxílio médico, o que não foi necessário. Ela teve sorte, porque não houve contato das cerdas da lagarta com sua pele.
Os cuidados
A maior incidência da lagarta ocorre no período de verão. Isso serve de alerta para a população, pois as principais árvores onde a lagarta costuma aparecer são as de pomar. No contato das cerdas com a pele humana, a lagarta libera uma toxina que pode causar irritações. Estes insetos não pulam, nem voam, ficando geralmente em galhos e troncos de árvores. Para coletá-los basta usar uma pinça, graveto ou objeto semelhante. A recomendação é de que as vítimas procurem atendimento médico. A nomenclatura do inseto difere muito a cada região, sendo conhecida como taturana, marandová, mandurivá, mandrová, lagarta, entre outros.
(Jornal Minuano, 24/02/2010)