É possível que a Eletrobrás tenha praticamente 50% da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A participação na obra segue a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de estruturar uma megaempresa de energia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a Eletrobrás já foi a maior empresa do Brasil, superando até a Petrobrás. "Depois, ela foi ao chão e, com o governo Lula, retomamos a grandiosidade dela", disse o ministro à Agência Estado.
Assim como fez nos consórcios que venceram os leilões das usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, a Eletrobrás não terá o controle da sociedade que administrará a usina no Xingu. "A participação em Belo Monte será de até 49,9%, não chegará a 50%", disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Ele também anunciou que, no próximo mês, será lançada a nova logomarca da holding estatal. Além disso, o nome Eletrobrás passará a ser usado também pelas subsidiárias, numa tentativa de unificar o grupo. O ministro também confirmou que o governo estuda uma possível capitalização da Eletrobrás. A emissão de novas ações poderia levantar até R$ 14 bilhões.
Os rumores de uma eventual capitalização da estatal ganharam força há algumas semanas, nas vésperas do anúncio do pagamento dos dividendos atrasados. Nos últimos dois anos, o governo tomou medidas para sanear as contas da estatal e ampliar sua capacidade de investimento. Em abril de 2008, a Eletrobrás garantiu o direito de formar parcerias para empreendimentos fora do País.
Outra fonte do governo relatou que um plano de fortalecimento da Eletrobrás recebeu o aval de Lula e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O programa prevê ações de curto prazo e metas para 20 anos para transformar a Eletrobrás numa líder global na produção de energia. Segundo o informante do governo, além de investir em hidrelétricas, a Eletrobrás pretende apostar em fontes não emissoras de gás carbônico, como centrais de energia solar, eólica e termonucleares.
(Amazonia.org.br, 22/02/2010)