Análise divulgada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) atesta que a população de Caetité (BA) não está ingerindo água com radiatividade acima do permitido. "Podemos afirmar que a população não está exposta a níveis inapropriados de radiação", assegura a Cnen. A cidade está na região uranífera explorada pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que foi visitada e vistoriada por um comitê de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão vinculado a Organização das Nações Unidas (ONU), no início do mês, e apontada como enquadrada dentro dos requisitos e parâmetros internacionais.
Em carta enviada ao prefeito de Caetité, José Barreira, a Cnen relata que nunca foi encontrada concentração maior de radiação do que o limite estabelecido pela Norma Cnen NN 3.01. "Até a presente data, o programa de monitoração conduzido pelo operador - Indústrias Nucleares do Brasil (INB/MCT) -, avaliado e verificado pela Cnen, não demonstrou nenhuma alteração significativa nas concentrações de radionuclídeos nos diferentes compartimentos ambientais monitorados".
A Cnen também afirma que a variação das taxas da radiação pode ocorrer devido ao regime de chuva e à temperatura da região, não sendo o aumento da presença de urânio nas águas subterrâneas, consequência das atividades da INB.
(MCT/Ecoagência, 22/02/2010)