Com a destinação de verbas por parte do governo do Estado concretizada e a empresa que vai operar o equipamento já contratada, a balsa que vai fazer o trajeto entre os municípios de Restinga Seca e Agudo deixa de estar longe e se aproxima cada vez mais para o alívio de motoristas. Eles tiveram de aumentar seu percurso fazendo o desvio pela ERS-149 desde o início de janeiro, quando a parte da ponte que ligava as regiões Centro e Metropolitana caiu com a cheia do Rio Jacuí.
Mas para o início dos serviços, os operadores da balsa precisam ainda estar de acordo com as leis referentes a preservação do meio ambiente previstas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
O projeto estabelece as normas a serem seguidas para que ocorra o trabalho. O diretor da superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), Gilberto Cunha, em entrevista à Rádio Santamariense, disse ter ido pessoalmente na Fepam na semana passada. “O relatório já foi todo feito. Uma coisa é certa, antes da operação da balsa, essa autorização já estará concedida”, afirma Cunha.
Comércio reativado - A locação do transporte hidroviário pelo período de seis meses vai custar R$ 1,64 milhão do Orçamento, recurso que já foi destinado, e mais R$ 300 mil para os municípios de Restinga Seca e Agudo - R$ 150 mil para cada, para recuperações emergenciais das estradas. Os acessos vão passar por duplicação e revestimento que devem acontecer em 30 dias. Em Restinga Seca, a extensão da estrada é de 1.500 metros.
O motorista que dirige pela RSC-287 em direção a Agudo deve tomar o desvio à esquerda na rodovia, na localidade de Vila Rosa. Em Agudo, a extensão da estrada é de 1.620 metros, passando pela localidade de Cerro Chato. O acesso vai até o Balneário Goltz onde vai ser instalada a balsa.
O prefeito de Restinga Seca, Tarcízio Bolzan (PMDB), diz que estas obras são de extrema necessidade. “Tudo para amenizar prejuízos daqueles que estão na margem da RSC-287 e também de todo Estado”, diz Bolzan sobre o comércio que era intenso antes de os motoristas usarem o desvio por São João do Polêsine. “Comércio, posto de gasolina, restaurantes e demais estão sofrendo com a falta de movimento em uma das mais importantes estradas estaduais”, fala o prefeito.
Pelo desvio, um dos problemas - fora as más condições de trafegabilidade da via - é a limitação de peso. Cargas pesadas estão controladas para se movimentar pelo local, o que obriga que os motoristas destes tipos de veículos utilizem uma outra estrada, aumentando assim a quilometragem percorrida. “A Cooperativa Tritícola de Arroz manda 90% de sua produção para Minas Gerais e tudo isso dificulta”, fala Bolzan. Outra preocupação é com a ponte do Rio Vacacaí, na Praia das Tunas. A estrutura é de ferro e também está com limitação de tonelagens.
(Por Manuela Vasconcellos, A Razão, 17/02/2010)