(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
mst mídia e sustentabilidade movimentos sociais
2010-02-10 | Tatianaf

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) repudiaram a cobertura de parte da imprensa no caso envolvendo a prisão de integrantes do MST em São Paulo. Segundo as entidades, veículos de imprensa têm sido parciais, publicando reportagens sem ouvir os dois lados da história.

Segundo a nota da Fenaj e SJSP, parte da imprensa se equivoca ao não ouvir fontes dos dois lados, tanto da acusação como de diretores do Movimento. "É lamentável que veículos de comunicação se prestem a produzir matérias e reportagens que não permitem as partes envolvidas na questão, as quais, neste caso, é o conflito agrário. É obrigação do Jornalismo apresentar os argumentos de ambos os lados e não é o que -lamentavelmente - vê-se nas matérias sobre a prisão de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST, que são apresentados como usurpadores da propriedade alheia, sem que a esses lhe fossem permitido direito básico de se pronunciarem", diz o texto.

Leia abaixo a íntegra da nota.
As diretorias do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ, vêm a publico repudiar o desrespeito dos veículos de comunicação brasileiros tanto os nacionais quanto os regionais para com as fontes e leitores/telespectadores e ouvintes na medida em que não colocam em prática uma obrigação primária do jornalismo sério, exatamente, a oportunidade do contraditório. É dever dos jornalistas e obrigação das direções dos veículos de comunicação social ouvir as várias partes envolvidas em uma reportagem/matéria a fim de permitir que o receptor possa avaliar por si só o conteúdo e formar seu próprio juízo de valor.

É lamentável que veículos de comunicação se prestem a produzir matérias e reportagens que não permitem as partes envolvidas na questão, as quais, neste caso, é o conflito agrário. É obrigação do jornalismo apresentar os argumentos de ambos os lados e não é o que –lamentavelmente – vê-se nas matérias sobre a prisão de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST, que são apresentados como usurpadores da propriedade alheia, sem que a esses lhe fossem permitido direito básico de se pronunciarem.

Com raras exceções, são veiculadas - e ainda que em espaço inferior – informações de que se tratam de terras de propriedade da União (públicas, portanto) mas que a mídia afirma como se de fato de empresas privadas, como é o caso do grupo Cutrale. Em momento algum, a maioria dos veículos de comunicação mostra com destaque que há uma disputa judicial sobre de quem é verdadeiramente a propriedade da terra.

Por outro lado, é igualmente anti-ético e imoral a veiculação de imagens produzidas sabe-se lá em que circunstâncias e por quem – pois embora traga ilegalmente o crédito de “cinegrafista amador” – em algumas imagens, como as da derrubada dos laranjais, a produção foi mesmo de autoria de oficial da Polícia Militar em Bauru, produzidas dentro do helicóptero da corporação, cujos custos de manutenção são pagos pelo Estado, ou seja, a partir dos recursos dos cidadãos e, portanto, públicos!

Igualmente condenável, porque imoral e anti-ético, é a troca de gentilezas entre os jornalistas e as fontes de informação (neste caso o comando da Polícia Civil) para a exclusividade. Os jornalistas deveriam questionar as circunstâncias de sua produção e apropriação e não dar absoluto crédito ao material que a polícia obteve, também sabe-se lá como e que no momento acha-se fora de contexto.

Nos últimos anos, o baronato da mídia tem se comportado de forma anti-democrática e avessa a qualquer regra. É decorrência desse comportamento o fim da Lei de Imprensa que resultou no fim do direito de resposta, bem como do fim da exigência da formação em jornalismo para o exercício da profissão e de outras investidas contra toda e qualquer regulação – que existem nos países os mais avançados e democráticos. O baronato da mídia quer se ver livre de qualquer obrigação, inclusive de respeito aos direitos básicos e fundamentais,como os direitos humanos.

Assim é esta nota para repudiar o tratamento da mídia de modo geral sobre temas caros aos cidadãos e à democracia brasileira.

Nota conjunta da direção Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e da Federação Nacional dos Jornalistas

(MST, 09/02/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -