De acordo com o Ibama, 50 mil m² de floresta amazônica foram derrubados. Multas passam de R$ 10 milhões; companhia diz que apresentará defesa
Por estar com sua represa para contenção de rejeitos completamente cheia, a empresa Pará Pigmentos, em Barcarena (PA), estaria utilizando uma outra barragem coonstruída sem licença ambiental, segundo o Ibama. A empresa trabalha com o processamento de caulim. A barragem serve para coletar os resíduos do processo industrial.
Para a construção da suposta bacia clandestina, foram desmatados, sem autorização, 50 mil metros quadrados, de acordo com o órgão federal. Nesta quinta-feira (4), a fiscalização embargou preventivamente a bacia de contenção para que não houvesse novos depósitos de rejeitos até que a empresa justificasse o uso da segunda bacia. A empresa foi multada em R$ 10 milhões por fazer funcionar empreendimento sem licença válida e em mais R$ 25 mil por desmatamento da área de floresta amazônica.
Em comunicado, a Pará Pigmentos afirma que “sempre operou dentro dos padrões de respeito ao meio ambiente e suas atividades são fiscalizadas pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará”. As autuações estão sendo analisadas pelo seu departamento jurídico para apresentação de defesa. “A Pará Pigmentos S/A reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável de suas atividades”, prossegue.
(Globo Amazônia, 06/02/2010)