O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) iniciou no segundo semestre de 2009 a operação Catuá (que mora no mato). O resultado foi o aumento da apreensão de materiais de caça e pesca. Os pontos onde houve mais apreensões foram na Região Metropolitana de Curitiba (ao Norte), Serra do Mar, no Parque Nacional do Iguaçu e na região Centro-sul.
Em 2008 foram apreendidas 286 armas de fogo para caça (espingardas), enquanto no ano passado o número subiu para 485. Também foram encontradas inúmeras armadilhas para animais. Nas áreas com mais incidência de caça, o maior inimigo é a cultura da caça. “Em regiões como Guarapuava e Pato Branco, por exemplo, ainda tem muitos animais e a caça está na própria origem da população. É uma cultura que está diminuindo, mas que ainda passa de pai para filho”, afirma o capitão Luiz Havilla, do Batalhão da Força Verde.
A preferência dos policiais ambientais é pela soltura dos bichos. Porém, caso estejam feridos, são encaminhados para o Cetas ou locais autorizados a recebê-los. Para Havilla, o aumento das áreas de preservação irá ajudar a melhorar a qualidade de vida nas matas.
Por outro lado, um incremento na população dos bichos poderá fazê-los aparecer mais nas estradas e fazendas. “Circulando, eles se reproduzem e podem sair dos seus nichos. Isso evita o cruzamento dentro das famílias, o que causa redução da espécie. A tendência é aumentar o fluxo gênico, mas vamos precisar de uma conscientização maior para caso eles apareçam nas localidades”, diz.
(Gazeta do Povo / ANDA, 03/02/2010)