A grande quantidade de moscas no Bairro Florestal impossibilita o empresário Diógenes Ruschel (26) de manter as portas e janelas de casa abertas. Nem mesmo o uso de inseticidas, segundo ele, pôs fim ao problema, enfrentado desde o início do verão. “A gente quer fazer uma janta e convidar os amigos e não pode. É insuportável”, reclama. A explicação está nas altas temperaturas do período, segundo a bióloga e professora da Univates Andréia Guimarães Strohschoen. Assim como os humanos, os insetos também buscariam refúgio do calor em lugares mais frescos. Razão pela qual as baratas invadem diversos pontos da cidade, principalmente à noite.
O uso de venenos para eliminar as pragas não é recomendado pela bióloga. “Muitos produtos acabam nem funcionado direito e os mais fortes são tóxicos, principalmente para crianças e animais”, justifica. Em casos de maior gravidade, Andréia aconselha a contratação de uma empresa especializada para a dedetização. Não acumular lixo é a principal medida a ser adotada: “As espécies vivem dos resíduos que a gente produz. A maneira mais lógica de eliminá-los, portanto, é não deixar restos que possam servir de alimento.”
O controle de moscas não é feito pela Administração Municipal, segundo a secretária do Meio Ambiente de Lajeado, Simone Beatris Schneider. A medida cabe aos moradores, a quem ela reforça a necessidade de manter limpos o pátio e a residência. “As moscas vêm porque têm alimentos aparentes ou entulhos. Evitando isso, a incidência certamente será menor”, pontua. O controle das bocas de lobo e a colocação de produtos em pontos estratégicos, conforme Simone, são as ações desenvolvidas pela prefeitura para controlar as baratas. “A incidência certamente é maior no verão. Mas o problema é agravado em razão de canalizações de esgoto feitas de forma clandestina”, aponta.
(Por Anderson Pereira, O Informativo do Vale, 2/2/2010)