Segundo o PAM, número de famintos na região quadriplicou nos últimos 12 meses; agência já disponibilizou 50 mil toneladas de sorgo, legumes e óleo vegetal para alimentar os milhões que ficarão isolados quando as chuvas começarem.
O número de pessoas que necessitam de assistência alimentar no sul do Sudão aumentou de quase 1 milhão em 2009 para 4,3 milhões este ano, devido à seca e conflitos armados. A informação foi divulgada esta terça-feira (02/02) em Juba, capital da região, pelas agências humanitárias da ONU e pelo ministério da Agricultura e Florestas do governo do sul do país.
Mercados Locais
O coordenador do Programa Alimentar Mundial para a área, Leo van der Velden, disse que este aumento no número de pessoas famintas antecede a estação das chuvas quando as estradas ficam bloqueadas dificultando o envio de comida para comunidades mais remotas.
Ele salientou que o PAM já disponibilizou 50 mil toneladas de sorgo, legumes e óleo vegetal para alimentar os milhões que ficarão isolados quando as chuvas começarem.
A agência das Nações Unidas planeia assistir os famintos entre dois a oito meses este ano, dependendo da intensidade das chuvas e da quantidade de comida nos mercados locais.
O objectivo é garantir que as famílias têm comida suficiente até as próximas colheitas previstas para Outubro e Novembro.
Refeições Escolares
O PAM vai também apoiar um programa de refeições escolares para mais de 400 mil crianças e fornecer comida a dezenas de milhares de famílias afectadas por conflitos, refugiados e deslocados.
Segundo o governo do Sul do Sudão, o Estado de Jonglei é o mais atingido pela insegurança alimentar devido a uma combinação de ataques armados dos rebeldes do Exército de Resistência do Senhor, LRA e seca.
(Por Carlos Araújo, Rádio ONU, 02/02/2010)