Agência da ONU avisa que um 1/3 da população da nação asiática é nômade e depende inteiramente do consumo de animais para sobrevivência; registros no país de -50°C já provocaram a morte de pelo menos 2 milhões de cabeças de gado.
Mais de 20 mil famílias correm o risco de passar fome na Mongólia devido ao frio intenso, segundo alerta emitido nesta terça-feira (02/02) pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.
A agência da ONU informa que as baixas temperaturas, com registros no país de -50°C, já provocaram a morte de pelo menos 2 milhões de cabeças de gado.
Nômade
A FAO avisa que um 1/3 da população da nação asiática é nômade e depende inteiramente do consumo de animais para sobrevivência.
O órgão diz que a Mongólia precisa de assistência urgente de US$6 milhões, mais de R$11 milhões, pelos próximos dois ou três meses para ajudar essas pessoas até a chegada da primavera.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, se a assistência não chegar logo ao país, o aumento da pobreza vai provocar migração em massa para áreas urbanas durante o ano.
Perdas econômicas
A FAO avisa ainda que, se as baixas temperaturas continuarem, o governo prevê perda de até 4 milhões de cabeças de gado. Das 21 províncias do país, 14 são consideradas como seriamente afetadas.
Milhares de famílias já teriam perdido metade dos rebanhos, provocando redução nos rendimentos e escalada de preços de produtos para proteção de animais. As perdas econômicas para a Mongólia até agora já teriam chegado a US$60 milhões, mais de R$112 milhões.
(Por Daniela Traldi, Rádio ONU, 02/02/2010)