A absolvição dos réus acusados de serem responsáveis pelo vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo de um duto da Refinaria Duque de Caxias na Baía de Guanabara, em janeiro de 2000, indignou especialistas. Até o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, fez críticas à legislação ambiental, classificando-a como "frouxa".
Para o coordenador regional do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, Rogério Rocco, "a sentença é o certificado de impunidade". Ele lembrou que no mesmo duto (onde houve o vazamento), já tinha ocorrido um acidente, em 1997. "A interpretação sepulta a aplicação da lei para muitos acidentes ambientais, que ocorrem por imperícia, negligência ou imprudência", opinou.
Minc, no entanto, evitou o pessimismo. Ele afirmou que houve avanços importantes na área de meio ambiente, desde o desastre. Na sua avaliação, dificilmente um acidente da mesma proporção ocorreria ou ficaria sem punição nos dias de hoje. "Além disso, as licenças são mais rigorosas e a Petrobras mudou", disse o ministro.
(Correio do Povo, 01/02/2010)