A Petrobras negou nesta quarta-feira (27) que esteja desenvolvendo, atualmente, qualquer operação no bloco 117, na fronteira entre o Peru, o Equador e a Colômbia. Essa atividade foi denunciada, no Fórum Social Mundial (FSM), pelo líder indígena peruano Henderson Hualinga, da Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana.
Na ocasião, ele chegou a pedir a saída da Petrobras da área de exploração de petróleo, que fica em uma região de floresta, no noroeste do Peru.
Por meio da assessoria de imprensa, a Petrobras respondeu que "a empresa, no momento, apenas realiza levantamentos aerogravimétricos, autorizados pelos órgãos competentes daquele país. Ou seja, a companhia somente faz sobrevoos na região do bloco, sem qualquer presença física em terra".
O líder indígena peruano afirmou que "os povos Quechua estão dizendo, bem claro, que não querem a Petrobras. Ali, é uma reserva natural e nós queremos nosso território são".
Segundo Hualinga, a estatal explora petróleo em uma área concedida pelo governo peruano sem consultar os povos indígenas que vivem na região. Ele também denunciou a perseguição de líderes indígenas da Amazônia peruana.
O Fórum Social Mundial acontece até esta sexta-feira (29), em Porto Alegre.
(Por NIELMAR DE OLIVEIRA, Agência Brasil, 28/01/2010)