O Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) de Porto Alegre está intensificando a dragagem no Arroio Dilúvio, que corta a Capital. O serviço é feito junto à foz, no Guaíba. Já foram retirados do local 15 mil toneladas de areia e entulho. O trabalho deve se estender até março e não há estimativa da tonelagem que ainda pode ser retirada. Desde 2006, é feito um trabalho específico no arroio. Nesse período, em toda a extensão do Dilúvio, foram retiradas 143 mil toneladas de resíduos - desse total, 70% era lixo.
A intensificação dos trabalhos deveu-se à melhoria das condições climáticas no Estado. Além da draga, uma retroescavadeira e cinco caminhões são utilizados, contando com o trabalho de dez homens.
Conforme o diretor do DEP, Ernesto Teixeira, constantes chuvas registradas anteriormente impediam que agentes da prefeitura realizassem o serviço, fazendo com que uma barreira natural se formasse na foz do Dilúvio. "Estamos aproveitando esse tempo bom. Do jeito que estava, era possível cruzar as margens a pé pela barreira. Mas, com chuvas, não podemos nem deixar a draga junto à foz para efetuar os trabalhos", explica.
Segundo Teixeira, assim que o trabalho na foz for concluído, a draga vai continuar fazendo o procedimento nos demais pontos do arroio. Os pontos mais críticos são as curvas do Dilúvio. Em alguns setores, nas proximidades da PUC-RS, a retirada de resíduos é feita a cada seis meses. "Estamos vivendo mudanças constantes no escoamento da água e isso é preocupante. Se a dragagem não for permanente, o Dilúvio transborda", aponta Teixeira.
(Correio do Povo, 28/01/2010)