Atendendo recomendação, Estácio de Sá deixa de utilizar cobaias em Nova Friburgo
Atendendo recomendação do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ), a Universidade Estácio de Sá encerrará os experimentos com animais no curso de psicologia oferecido em Nova Friburgo. Cada turma vinha usando 20 ratos Wistar para demonstrar a aprendizagem por condicionamento operante. Em vez da técnica chamada “caixa de Skinner”, será utilizado um software que simula essa técnica de modelagem de comportamento.
Com a iniciativa do MPF em Nova Friburgo, a experimentação passará a ser feita virtualmente já no primeiro semestre letivo de 2010, sem qualquer prejuízo acadêmico aos alunos. A mudança evita que os animais sejam submetidos a privação de água, durante os experimentos, e sacrificados em câmara de asfixia, ao final do semestre, como ainda ocorre em outras instituições. A nova técnica satisfaz a lei 11.794/08, que impõe a substituição dos experimentos in vivo por métodos alternativos, para evitar a repetição desnecessária de procedimentos que causem sofrimento aos animais.
Além de recomendar a substituição de método, o MPF ressaltou a necessidade de criação, para o caso de outros experimentos, de uma Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua) na universidade, bem como de credenciamento no Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), recentemente instalado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
(PGR, 27/1/2010)