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hidrelétrica de belo monte rio xingu
2010-01-28 | Tatianaf

A Universidade Federal do Pará (UFPA) sedia, de 26 a 31 de janeiro, o 29º Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Segundo os organizadores, o evento marcará a história do Movimento Docente Nacional ao colocar uma nova postura da categoria frente aos atuais e antigos desafios enfrentados pelos professores universitários de todo o país. O presidente do Andes-SN, o professor Ciro Teixeira, da Universidade de São Paulo, e o reitor da UFPA, professor Carlos Maneschy, estiveram presentes na abertura do evento, que também contou com a presença de Dion Monteiro, representante do Comitê Metropolitano Xingu Vivo Para Sempre.

Dion Monteiro afirmou que os povos do Xingu há mais de 20 anos resistem à construção da Hidrelétrica de Belo Monte. “Resistiram ao governo militar de Figueiredo, ao governo Sarney, Collor, Itamar, FHC (duas vezes), e agora, no governo Lula, sofrem o seu mais pesado ataque”. Ele lembrou que durante audiência realizada no dia 22 de julho de 2009, o presidente da República prometeu, a um grupo de representantes dos movimentos sociais, do Ministério Público, religiosos e pesquisadores, que Belo Monte não seria “enfiado goela abaixo dos povos do Xingu”. Porém, ressaltou que é exatamente isso que tem ocorrido. “O governo Lula hoje tenta implementar esta obra a qualquer custo, sem debater com a sociedade, e muito menos com as populações atingidas”.

Dion esclareceu, ainda, que o motivo pelo qual o governo não quer que as pessoas saibam que a energia gerada seria (toda) para atender às grandes empresas do eixo Centro-Sul do Brasil e a parte que ficaria no Pará atenderia as empresas Vale do Rio Doce e Alcoa. Portanto, na está previsto para atender às comunidades locais que não possuem energia elétrica.

Ainda em nome do Comitê, Dion falou que a forma de encaminhar as coisas também mostra o autoritarismo com que os governos e seus representantes historicamente têm tratado a floresta e as populações amazônicas. Autoritarismo esse expresso de forma clara pelo atual diretor de Engenharia da Eletrobrás, Valter Cardeal, quando, na audiência do dia 22 de julho do ano passado, disse que “quinze, ou vinte mil pessoas, não podem impedir o progresso de 185 milhões de brasileiros”.

E no Governo do Pará, governado pelo PT, a coisa seria ainda mais grave, “pois os mais influentes secretários de governo são todos, professores e professoras da UFPA, conhecedores das históricas e trágicas consequências que os projetos capitalistas de desenvolvimento trouxeram para a região, mas mesmo assim, movidos por interesses econômicos pessoais, além de interesses eleitorais, defendem com todas as suas forças a hidrelétrica de Belo Monte”.

Para finalizar, o representante do Comitê disse que é por tudo isso que “nós, povos amazônidas, junto a todos os defensores e defensoras da floresta, fazemos esta denuncia, mas também apelamos a todos os companheiros e companheiras aqui presentes: levem a nossa mensagem e nossa voz para o restante do Brasil e para outras partes do mundo. A vida da floresta mais uma vez corre perigo, a floresta pede ajuda. Precisamos ir, todos e todas, em defesa da Amazônia”.

De acordo com o Comitê, o governo ainda tenta omitir as seguintes informações sobre Belo Monte:

- Que os 11 mil MW de energia prometida, somente serão alcançados em quatro meses do ano;
- Que aproximadamente 20 mil pessoas serão remanejadas compulsoriamente;
- Que a área do reservatório atingirá diretamente três municípios (Altamira, Vitória do Xingu e Brasil Novo) e indiretamente quase uma dezena de municípios;
- Que as empresas estimam ganhar no mínimo R$ 30 bilhões, dinheiro proveniente dos impostos pagos por brasileiros e brasileiras;
- Que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) elaborado pelas empresas contratadas pelo próprio governo, estima que aproximadamente 100 mil pessoas migrarão para a região, mas que, no pico da obra, serão gerados somente 40 mil empregos;
- Que as hidrelétricas emitem gás metano, que é um gás de efeito estufa que causa um impacto no aquecimento global 25 vezes maior, por tonelada, que o gás carbônico.

(Comitê Xingu Vivo/EcoAgência, 27/01/2010)


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