Nove pessoas morreram e 22.614 famílias ficaram desabrigadas na Bolívia desde o final de 2009 devido às intensas chuvas que provocaram a cheia de rios no país, informaram fontes oficiais hoje.
Segundo o reporte do Vice-Ministério de Defesa Civil, as chuvas ocasionaram duas mortes na região central de Cochabamba, três em Potosí (sudoeste) e três em Chuquisaca (sudeste), onde também há duas pessoas desaparecidas. Além disso, o Centro Operacional de Emergências (COE) da região de Santa Cruz (leste) comunicou a morte de um homem de 38 anos que foi arrastado por um rio há dois dias.
Nessa mesma região, o COE recuperou o corpo de um adolescente de 14 anos que se afogou enquanto nadava em um rio e procura o corpo de uma criança de 9 anos que caiu de uma canoa e foi arrastado pela correnteza.
O Vice-Ministério de Defesa Civil espera os comunicados finais em ambos os casos para estabelecer se estas mortes podem ser atribuídas às chuvas.
O titular da pasta, Hernán Tuco, disse à imprensa local que, até o momento, há 22.614 famílias desabrigadas pelas chuvas e enchentes no país, em particular nos departamentos (Estados) de Santa Cruz, Cochabamba e Beni (nordeste). O transbordamento do leito de seis rios nestas três regiões provocou danos a milhares de hectares de cultivos agrícolas e obrigou famílias a se mudarem para regiões mais altas.
Tuco lembrou que o governo boliviano dispõe de US$ 6,6 milhões para enfrentar a temporada de chuvas. Metade do valor já foi investido na compra de remédios, tendas, alimentos e ferramentas. O vice-ministro acrescentou que solicitou um crédito de US$ 75 milhões à Corporação Andina de Fomento (CAF) para atender as emergências na Bolívia.
(EFE / Folha Online, 26/01/2010)