(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
coca-cola pegada ecológica emissões de co2
2010-01-26 | Julianaf

Diante das críticas de ambientalistas ao uso de garrafas plásticas, a Coca-Cola Co. lançou uma nova embalagem parcialmente fabricada a partir de plantas. O vasilhame tem "o mesmo peso, mesmo aspecto e química, e funciona exatamente da mesma maneira" que uma garrafa de plástico normal, diz uma porta-voz da Coca.

A Coca não é a única fabricante de bebidas que está tentando reduzir sua pegada de carbono. A concorrente PepsiCo. Inc. lançou recentemente um saquinho biodegradável feito de plantas para os salgadinhos SunChips. Mas a Coca é a maior fabricante mundial do setor e o presidente da empresa, Muhtar Kent, diz que a nova garrafa, que usa material derivado da cana-de-açúcar, é "a primeira geração da garrafa do futuro".

A Coke lançou sua "plantbottle", ou garrafa-planta, na Conferência sobre Mudança do Clima em Copenhague, no mês passado, e planeja promovê-la mais no mês que vem na Olimpíada de Inverno de Vancouver. "Pesquisas preliminares" mostram que a nova embalagem deixa uma pegada de carbono menor que as garrafas de plástico, alega a Coca.

As garrafas plásticas são produzidas com tereftalato de polietileno, mais conhecido como pet, derivado do petróleo, um recurso não-renovável. A produção de garrafas plásticas para consumo de bebidas em 2006 nos Estados Unidos demandou o equivalente a mais de 17 milhões de barris de petróleo, segundo o centro de pesquisas ambientais Pacific Institute, da Califórnia.

A nova garrafa feita a partir de material vegetal desenvolvida pela Coca usa 70% petróleo e 30% materiais à base de cana-de-açúcar. A cana é moída para produzir suco, que é fermentado e destilado em etanol. Esse etanol é, por sua vez, convertido por uma série de processos químicos, como a oxidação, para monoetilenoglicol - o derivado do petróleo que é normalmente usada para fabricar garrafas. O monoetilenoglicol é misturado ao ácido tereftálico para criar o plástico pet.

A empresa começou a vender a Coca-Cola (inclusive suas variações Light e Zero) na Dinamarca nas novas garrafas pouco antes da conferência da ONU sobre o clima. Como a Olimpíada de Inverno começa a 12 de fevereiro, a empresa lançou a garrafa-planta com a água filtrada Dasani na costa noroeste dos EUA e no oeste do Canadá. A Coca afirma que pretende vender mundialmente 2 bilhões das novas garrafas até o fim de 2010.

A Coca já requisitou e financiou uma análise do Imperial College London que comparou o "ciclo de vida" da nova garrafa ao de uma garrafa comum, para determinar se há diferença no impacto sobre o meio ambiente, disse Scott Vitters, diretor de embalagem sustentável da empresa. Ele diz que o estudo descobriu que a produção da garrafa-planta deixa uma pegada de carbono 12% a 19% menor que a da garrafa normal.

A empresa aguarda agora a verificação dos resultados por terceiros, acrescenta Vitters. Grupos ambientalistas afirmam que a garrafa que a Coca está lançando é um pouco melhor que as garrafas normais de pet, mas dizem que ainda não resolve o problema maior das embalagens plásticas: o fato de que a maioria das pessoas não as recicla.

Apenas 27% dos vasilhames de pet foram reciclados nos EUA em 2008, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Garrafas Pet. A nova garrafa é "definitivamente algo positivo, mas não é algo que me faz pular de alegria", diz Susan Collins, diretora executiva do Instituto de Reciclagem de Embalagens.

E alguns concorrentes questionam a avaliação da Coca sobre o efeito da nova garrafa no meio ambiente. "É um primeiro passo admirável da Coca", diz Andrius Dapkus, diretor de inovação e renovação da Nestlé Waters North America Inc., divisão de água engarrafada da suíça Nestlé SA. "Mas do jeito que está agora, ainda não sabemos se o impacto ambiental da 'plantbottle' é melhor, pior ou igual" ao da garrafa à base de petróleo.

Em vez de mudar os ingredientes, a Nestlé continua a reduzir a quantidade de plástico nas garrafas, uma estratégia que a Coca e a PepsiCo também usam. A Nestlé planeja lançar nos próximos meses uma nova versão mais leve de sua garrafa EcoShape, que usa 9,3 gramas de pet, 25% a menos que a versão mais recente.

(Por Chris Herring, The Wall Street Journal / Valor Econômico, 26/01/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -