Um racha interno que dividiu o PV acabou derrubando Edison Pereira da presidência da sigla no Rio Grande do Sul. Ontem à tarde, a nova composição da executiva estadual foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A partir de agora, o partido é presidido interinamente por Marivaine Alencastro, substituta do licenciado Edison Pereira, que esteve por sete anos à frente da sigla.
A troca foi motivada pela insatisfação de membros do PV, que criticavam as decisões da antiga direção e também a política de alianças adotada nos últimos pleitos. O estopim da crise ocorreu em Gravataí, onde ocorreram sérias desavenças envolvendo o ex-presidente. O caso, entretanto, está sob sigilo. "Já foi superado. Não gostaríamos mais de mexer nisso", afirmou Filipe de Oliveira, secretário de Organização do PV.
Comunicada dos fatos, a direção nacional do partido determinou que seja feita uma reestruturação partidária. Marivaine ficará até março à frente da sigla, aguardando a eleição do presidente definitivo. Além dela, são cotados para assumir o comando da legenda Marco Santos, o Mikonga, e Giovani Carmatti. Os movimentos de renovação ainda tocam a questão eleitoral. Empolgados com a pré-candidatura de Marina Silva (PV) à presidência da República, os integrantes do PV gaúcho já apregoam o lançamento de chapa pura para concorrer ao governo do Estado e também para buscar vagas na Assembleia Legislativa.
(Correio do Povo, 26/01/2010)