Dezenas de pessoas já morreram por causa do frio que assola o Leste Europeu, onde nesta segunda-feira a temperatura chegou a 35 graus Celsius negativos, levando à paralisação de escolas, estradas e ferrovias.
Do mar Báltico ao mar Negro, as temperaturas árticas e as nevascas provocaram transtornos no abastecimento de energia, água e alimentos. Meteorologistas preveem mais alguns dias de frio anormal.
Na Polônia, pelo menos 16 pessoas morreram por causa do frio nos últimos três dias. Serviços de emergência disseram que os termômetros chegaram a 35 graus Celsius negativos em algumas áreas. Desde novembro, quase 200 pessoas morreram devido ao frio no país, sendo 70 só em janeiro.
Na Ucrânia, muitas escolas do leste do país fecharam depois que a temperatura caiu para 30 graus Celsius negativos. O país já registrou 256 mortes desde 18 de dezembro, especialmente de sem-teto.
Seis pessoas morreram congeladas na República Tcheca, e 11 na Romênia. Dois sem-teto morreram em Sófia, capital da Bulgária. Vários municípios do norte e nordeste búlgaros fecharam suas escolas. Em outras regiões, aldeias ficaram isoladas pela neve e sofreram falta de energia, água e alimentos.
Na Letônia, as autoridades disseram que a temperatura média na semana passada na república báltica foi de 15 graus negativos, o que significa 19 graus a menos que o normal. As vizinhas Estônia e Lituânia notificaram dados semelhantes.
A neve deixou 360 carros retidos em um trecho de uma rodovia da Ucrânia. Na Polônia, trens atrasaram devido ao congelamento de trilhos e cabos elétricos. Apagões ocorreram em partes do país.
O frio e a falta de energia também elevaram o consumo de gás, deixando as reservas polonesas pela metade. Um órgão público disse nesta segunda-feira que metade dos danos à rede elétrica já foi reparada. A Ucrânia também registrou problemas elétricos nos últimos dias.
Embora o frio tenha sido mais intenso no Leste Europeu, as temperaturas também caíram a 17 graus negativos na Holanda, onde um órgão de meteorologia declarou que se trata do inverno mais frio em 30 anos.
(Reuters / UOL, 25/01/2010)