Patrocinado pela Petrobras e com sede na Praia do Forte, Bahia, o Projeto Tamar tem produzido e publicado, em parceria com várias universidades e centros de pesquisa brasileiros e estrangeiros, resultados de estudos e de análises de longo prazo do número de ninhos das espécies sob sua proteção.
Apresentados em simpósios e congressos e publicados em revistas científicas internacionais, essas pesquisas tem revelado a tendência à recuperação das populações das tartarugas protegidas.
Trata-se de estudos e análises de dados de mais de 15 anos com as tartarugas cabeçuda (Caretta caretta), de pente (Eretmochelys imbricata), oliva (Lepidochelys olivacea) e de couro (Dermochelys coriacea). A tartaruga verde (Chelonia mydas) ficou de fora porque sua população é estável.
A coordenadora-técnica Nacional do Tamar, Neca Marcovaldi, afirma que “esses resultados sugerem uma resposta direta às ações do Tamar e comprovam a eficiência do manejo e das ações mitigadoras adotadas nas principais áreas de reprodução e em algumas áreas de alimentação”.
Segundo ela, “tudo isso é reforçado pela decisão do Brasil de adotar uma legislação que antes apenas restringia e agora proíbe definitivamente a matança de fêmeas, coleta de ovos, pesca, e uso do casco para manufaturados”, informa o documento.
Ela diz ainda que “o futuro indica novos desafios na conservação das tartarugas marinhas. O desenvolvimento costeiro desordenado, a captura incidental por diversas pescarias, o lixo, a poluição marinha e muitos outros fatores exigem uma adaptação dos esforços de acordo com as novas realidades, mas sempre com o mesmo ideal que tornou o Tamar um programa de conservação bem-sucedido”, declara. (CL e PT)
(Ascom/ICMBio, 25/01/2010)