Os planos da ONU de fragmentar a negociação do novo tratado para redução de emissões de CO2 ganhou eco ontem com o presidente da França, Nicolas Sarkozy. Segundo ele, o acordo deve ser guiado por um grupo de apenas 28 países. Seriam os que causam maior impacto e os mais impactados pelo aquecimento global.
"A principal lição que aprendemos em Copenhague é que você não pode negociar isso em uma rodada com 192 [países]", disse Sarkozy ontem, em discurso para diplomatas.
O documento emitido na conferência do clima da Dinamarca, em dezembro, foi rejeitado pela maioria dos países, e corre o risco de acabar desacreditado mesmo entre países que o acataram. Segundo a ONU, a maioria dos governos está ignorando o prazo de 31 de janeiro, que tinha sido sugerido para a entrega de novas propostas de cortes de emissão.
(Reuters / Folha de S. Paulo, 23/01/2010)