As câmaras de bronzeamento artificial não poderão mais ser utilizadas para fins estéticos no país. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou a resolução RDC 56/09 que proíbe, além do uso, a importação, o recebimento em doação, aluguel e a comercialização desses equipamentos.
A medida foi motivada pelo surgimento de novos indícios de agravos à saúde relacionados com o uso das câmaras de bronzeamento. A Associação Brasileira de Bronzeamento Artificial (ABBA) requereu na Justiça Federal de Porto Alegre a liberação da atividade para as suas associadas.
A entidade alegou que não havia evidências suficientes para considerar a exposição a raios ultravioletas carcinogênica para humanos. A liminar que liberou o uso do equipamento foi concedida em 8 de janeiro. Na última sexta-feira, contudo, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região suspendeu a liminar que permitia o funcionamento de câmaras de bronzeamento em todo o país.
Do outro lado
Para a microempresária Sandra Soares, 47 anos, que há 4 anos trabalha com bronzeamento artificial, não tem sentido impedir o uso do equipamento, já que o mesmo oferece inúmeros benefícios a saúde.
"Investi muito dinheiro no negócio e com a proibição terei que parar de trabalhar. Eu sempre fiz bronzeamento artificial e acredito que não traga danos à saúde", destacou.
Taís Trindade, 26 anos, estudante, acredita que o bronzeamento artificial seja um hábito saudável. "É muito mais seguro que se expor ao sol, acho errado proibir, cada um faz o que achar melhor", enfatizou Taís.
Vânia Oliveira, 25 anos, é auxiliar de contabilidade. A jovem também concorda que seja uma técnica segura e que prefere o bronzeamento artificial do que o bronzeamento solar.
(A Platéia, 25/01/2010)