Nova Braskem será controlada pela Odebrecht e pela Petrobras. Operação vai movimentar R$ 870 milhões
A Petrobras e Odebrecht anunciaram nesta sexta-feira (22/01) ter fechado acordo para que a petroquímica Braskem – que é controlada pelas empresas – adquira a participação de 60% que a Unipar detêm na Quattor. A operação, de R$ 870 milhões, vai criar a maior a maior petroquímica das Américas em capacidade de produção de resinas termoplásticas, segundo o comunicado.
Segundo as empresas, Odebrecht e Petrobras vão compartilhar as decisões da "nova" Braskem, que surgirá com a união com a Quattor. A Odebrecht terá 50,1% do capital votante e indicará o diretor-presidente e o diretor-financeiro. A Petrobras indicará o diretor de Investimentos e portfólio. O Conselho de Administração da nova empresa terá 11 componentes, sendo 6 de nomeação da Odebrecht, 4 da Petrobras e 1 representante dos acionistas minoritários.
Estão inclusas também, nos R$ 870 milhões, as participações da Unipar na Polibutenos e Unipar Comercial. A maior parte do valor, de R$ 647,3 milhões, corresponde ao montante a ser pago pela participação acionária da Unipar na Quattor. A participação de 33,33% do capital votante e total da Polibutenos foi negociada por R$ 25 milhões, enquanto a fatia de 100% da Unipar na Unipar Comercial foi estimada em R$ 27,7 milhões.
A aquisição deverá ser paga com R$ 100 milhões desembolsados entre 18 de fevereiro e 4 de março, com os R$ 547,3 milhões restantes em até cinco dias úteis após a obtenção pela Braskem de autorizações de credores da Quattor.
Reforço de capital
A Braskem fará um aumento de capital de entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões como parte do processo para incorporar a petroquímica Quattor, que até novembro passado tinha uma dívida líquida de cerca de R$ 6,685 bilhões.
O aumento de capital faz parte da série de operações que farão com que os ativos petroquímicos dos grupos Odebrecht e Petrobras se unam na Braskem, reforçando o tamanho da maior petroquímica da América Latina.
A Petrobras aportará R$ 2,5 bilhões na Braskem e a Odebrecht outro R$ 1 bilhão, como parte do aumento de capital da petroquímica. Essa operação tem como objetivo reforçar estrutura de capital e manter flexibilidade financeira da companhia com a incorporação da Quattor.
(G1*, 22/01/2010)