O uso do etanol na geração de energia elétrica, cujo processo de conversão foi inaugurado nesta terça-feira (19/01) pela Petrobras na usina termelétrica de Juiz de Fora vai reduzir as emissões de gases na atmosfera. Essa foi uma das principais conclusões constatada durante o período de teste da unidade, que vem sendo realizado desde a manhã do último dia 31 de dezembro.
Segundo a Petrobras, a queima do etanol para geração de energia elétrica teve início às 10h25 do dia 31 de dezembro e os testes avaliam o desempenho da turbina consumindo etanol, a vida útil dos equipamentos e os níveis de emissões atmosféricas, como o óxido de nitrogênio, bem como a competitividade econômica desse novo combustível frente às demais fontes de geração termelétrica.
Na avaliação da estatal, nos primeiros dias de testes, o resultado tem se mostrado bastante satisfatório. Em 150 horas de geração de energia elétrica com etanol, entre os dias 31 de dezembro e 13 de janeiro, verificou-se redução de 30% na emissão de óxido de nitrogênio, comparando com as emissões do gás natural.
O Centro de Tecnologias do Gás Natural e Energias Renováveis (CTGAS-ER), parceria entre Petrobras e SENAI, montou uma estação de monitoramento na UTE Juiz de Fora para realizar a medição em tempo real das emissões de óxidos de nitrogênios, de óxidos de carbono e de óxidos de enxofre.
Ainda na avaliação da Petrobras, a geração de energia elétrica a partir do etanol abre, além de grandes oportunidades para o país com ganhos econômicos e energéticos, também ambientais.
"Além da segurança energética resultante da diversificação das fontes de geração, há ainda a criação de um novo segmento de mercado para o etanol no Brasil e no exterior, a redução dos níveis de emissões atmosféricas e a possibilidade de negociação de créditos de carbono no mercado internacional, por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), garante a estatal.
"Essa é mais uma iniciativa da Petrobras para diversificar as fontes de suprimento para geração de energia elétrica e estimular a produção de combustíveis renováveis, dando maior flexibilidade ao sistema elétrico brasileiro", sustenta ainda a empresa.
(Agência Brasil / AmbienteBrasil, 20/01/2010)