Os impactos ambientais de 175 ocupações em Ilha Grande, Angra dos Reis, foram avaliados pelo Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Inea, órgão executivo da Secretaria do Ambiente.
Foram notificados 87 imóveis com suspeita de irregularidades, como falta de licenças urbana e ambiental. Os proprietários terão que apresentar os documentos que autorizam a ocupação do solo na ilha.
Segundo o levantamento, a ocupação ocorreu de forma desordenada, irregular e lenta, o que tornou as construções frágeis e instáveis. O coordenador geral de fiscalização do Inea, Carlos Fonteles, explicou que as casas são simples e que 72% são utilizadas como moradia. As habitações de veranistas correspondem a 16% e 12%, eram destinadas a pousadas.
Os estudos foram feitos após os deslizamentos ocorridos no dia 1º de janeiro e apontaram outras 23 áreas que sofreram deslizamentos na região.
Serão necessários estudos mais aprofundados, de acordo com as conclusões apresentadas, principalmente em relação à análise do relevo. O relatório sugere que a prefeitura faça um levantamento de todas as construções na ilha e que a Defesa Civil realize visitas técnicas e interdite as áreas de risco apontadas pelo estudo.
Outro ponto, sugerido pelo estudo, é a ampliação da área do Parque Estadual da Ilha Grande, como medida preventiva a novas tragédias. Fonteles destacou, ainda, a importância da participação da sociedade civil nas discussões sobre as medidas para evitar novas tragédias.
(Por Danielle Jordan, AmbienteBrasil, 20/01/2010)