Acidente mostra falha de siderúrgica na prevenção de riscos ambientais
O Ministério Público Federal (MPF) em Volta Redonda (RJ) recomendou à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que analise o nível de contaminação do solo e das águas subterrâneas de sua usina, de onde vazou óleo nos últimos dias 3 e 6 de agosto. Na época, resíduos tóxicos atingiram o rio Paraíba do Sul, que abastece mais de 12 milhões de pessoas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Após analisar os laudos de vistoria, o MPF concluiu que a CSN precisa de uma completa reformulação da sua política de prevenção a riscos ambientais.
Na recomendação, o procurador da República Rodrigo da Costa Lines cobra que a CSN contrate um estudo de uma auditoria ambiental independente para apurar as condições das tubulações da usina e reformule seu plano de emergência em caso de acidente ambiental. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deverá aprovar o plano e ser imediatamente comunicado de eventuais vazamentos de material químico nos rios.
Segundo o Inea, em agosto, a CSN não comunicou logo os vazamentos – informado por “terceiros” – e alegou ignorar suas causas por ter uma “malha hídrica muito extensa e antiga”. O instituto aplicou multa de R$ 5 milhões pelos dois vazamentos e multa diária durante a violação dos padrões de emissão dos efluentes no rio.
(PGR, 19/1/2010)