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hidrelétrica de belo monte odebrecht Grupo Camargo Corrêa
2010-01-19 | Julianaf

Acordo surpreende, pois grupos travaram uma grande disputa em torno das concessões do Rio Madeira

Atração -Local do Rio Xingu previsto para construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, cuja licença ambiental ainda não saiu

Depois de protagonizarem o maior conflito dos últimos anos no processo de concessão das hidrelétricas do Rio Madeira, as rivais Odebrecht e Camargo Corrêa se uniram para disputar o empreendimento mais emblemático do Brasil na atualidade: a usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. A hidrelétrica será a terceira maior do mundo e a segunda maior do Brasil, perdendo apenas para Itaipu.

O consórcio, formado inicialmente pelas duas empresas, deve ganhar outros investidores de peso, como fundos de pensão, empresas elétricas e grandes consumidores de energia. Podem fazer parte do grupo o Funcef (fundo de pensão dos funcionários da Caixa), Cemig e até a Braskem, do grupo Odebrecht. Mas

esses acordos estão em fase de negociação.

Há algum tempo o setor cogitava a possibilidade de parcerias entre as construtoras para levantar Belo Monte, por causa dos desafios logísticos, ambientais e de engenharia . Só não esperavam que o acordo fosse entre as duas concorrentes.

Na última grande disputa do setor elétrico (o leilão das usinas do Rio Madeira), as duas empresas se engalfinharam por causa de um contrato de exclusividade entre os fabricantes de equipamentos e a Odebrecht. A Camargo, que fazia parte do consórcio concorrente, levou o caso à Secretaria de Direito Econômico (SDE), que suspendeu a exclusividade dos contratos. O caso foi parar na Justiça, até que o governo desse um ultimato para que a briga terminasse. Por causa do mal-estar, o setor acreditava mais na parceria entre Odebrecht e Andrade Gutierrez.

INVESTIMENTOS

Prevista para entrar em operação em 2015, a mega hidrelétrica, de 11.233 megawatts (MW) de potência (ou 4.600 MW médios), custará algo em torno de R$ 16 bilhões. Volume que justifica consórcios recheados de grandes investidores. A expectativa do governo é que haja, pelo menos, dois grupos para disputar o leilão da usina.

Além do grupo da Camargo Corrêa e Odebrecht, o outro consórcio em negociação pode contar com a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), Vale, CPFL Energia e o Grupo Neoenergia. Há ainda nomes de peso no setor elétrico que não anunciaram de que lado vão ficar, como é o caso da Tractebel, do grupo franco-belga Suez, sócia da Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira. Cogita-se que a empresa, assim como a Alcoa, poderá entrar no grupo da Odebrecht e Camargo Corrêa. A estatal Eletrobrás deverá se tornar sócia do consórcio vencedor.

Outro grande nome que merece atenção é a construtora Andrade Gutierrez. Em nota, a empresa afirmou que tem estudado o projeto de Belo Monte e "está intencionada a formar um consórcio com um grupo de empresas do qual a Odebrecht não faz parte". A construtora diz que está aguardando as regras do leilão para definir melhor sua participação. Além disso, é preciso aguardar a licença ambiental que ainda não saiu.

A construção de Belo Monte, em discussão desde a década de 70, será um dos maiores desafios de engenharia brasileira, que acumula anos de know-how na construção de hidrelétricas em todo o mundo. Ao contrário das demais usinas do País, Belo Monte será construída em três áreas diferentes. A primeira obra, que inclui o vertedouro principal e a casa de força complementar, ficará a 40 quilômetros de Altamira (PA) e terá capacidade de 233 MW.

A partir desse local, serão construídos dois canais - cujas escavações serão semelhantes às do Canal do Panamá - que vão desviar parte da água do rio para o reservatório. O nível do lago será controlado por uma barragem complementar. Seguindo rio abaixo, será instalada a casa de força principal.

(Por Renée Pereira, Estadao.com.br, 18/01/2010)


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