O resultado de um estudo conduzido por pesquisadores americanos colocou água no argumento de especialistas que defendem “remover” (matar) baleias da região do Oceano Sul, no entorno do continente antártico. Alguns grupos afirmam que as minkes, os menores animais da família das baleias, se reproduziram livremente na boa parte do século passado em que a caça de baleias não era ilegal. Os caçadores miravam as espécies maiores, deixando o oceano livre de concorrência para as minkes. A superpopulação teria diminuído a quantidade de pequenos crustáceos na água, dificultando a alimentação das espécies maiores de baleia. Por isso, elas não estariam conseguindo se recuperar, mesmo após a proibição da caça, em 1986.
A equipe da pesquisadora Kristen Ruegg, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, colheu 52 amostras de material de genético da carne de baleias minke, encontrada à venda em mercados japoneses. Ao comparar essas amostras, Kristen descobriu que há pouca diversidade genética, um indício de que a população de minkes não cresceu como se imaginara. “Podemos assegurar que a população total de baleias minke é praticamente igual a começo do século XX”, afirma Kristen. Os grupos que defendem a caça de baleias terão de arrumar outro motivo para defender a matança.
(Por Marcela Buscato, Blog do Planeta, 11/01/2010)