Para o gerente de engenharia da Ford, Klaus Mello, os carros "flex" devem ser abastecidos com gasolina pelo menos uma vez a cada 5.000 quilômetros. "Um tanque é o suficiente, já que a utilização exclusiva do álcool por um longo período gera acúmulo de goma nas válvulas de admissão." Veículo engasgando pode ser um dos sintomas.
Como a gasolina "limpa" o sistema, o automóvel "flex" que utiliza só esse combustível não precisa alternar o abastecimento com álcool. Informações sobre o rodízio (periodicidade e quilometragem) estão no manual do veículo, apesar de nem todas as montadoras que disponibilizam a tecnologia bicombustível o exigirem.
Fórmula
Já a mudança temporária da fórmula da gasolina, anunciada na semana passada pelo governo, não afetará os modelos "flex". Até maio, o percentual de álcool na gasolina será reduzido de 25% para 20%. A medida visa conter a alta no preço do combustível vegetal.
Segundo José Edison Parro, presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), como a tecnologia "flex" aceita qualquer proporção desses dois produtos no tanque, não haverá perda de desempenho e de durabilidade do motor.
(Folha de S. Paulo, 17/01/2010)