A empresa criadora de gado brasileira Yaguareté Porá reafirmou que não devasta as florestas de terras indígenas na região do Chaco, no oeste do Paraguai, como apontou a ONG britânica Survival.
Em vários comunicados, a Survival diz que fotografias e imagens de satélite mostram a entrada de máquinas da Yaguareté Porá nas florestas da região do Chaco, onde vive a etnia dos ayoreo-totobiegosode, tradicionalmente isolados.
"É uma afirmação temerária e irresponsável por parte da Survival que essa região aonde se encontra nossa criadora de gado é território ayoreo, quando não existe um estudo sério, aprovado pelas autoridades públicas, que confirme que a mesma era realmente terra destes irmãos indígenas", diz a empresa em uma carta.
A Yaguareté Porá mencionou que "não deixa de chamar a atenção" que as denúncias da Survival apareçam em um momento no qual a companhia solicita "legitimamente a renovação da Licença Ambiental" ao Governo paraguaio, que, segundo a companhia, "arbitrariamente" segue sem resolução.
A empresa sustenta que a fazenda em questão, situada no município de Puerto Casado, no departamento de Alto Paraguai, é contígua ao território dos ayoreo-totobiegosode e tem uma superfície de 78 mil hectares, das quais 34 mil serão utilizadas para os trabalhos criadoras de gado.
A Yaguareté Porá destaca também que criou uma reserva florestal de 27.508 hectares na parte do terreno que limita com as terras indígenas.
(Efe, G1, 16/01/2010)