Especialistas da Universidade de Brasília (UnB) chegaram a Caxias na noite de quarta-feira para desvendar o mistério dos abalos na região.
Oprimeiro passo para descobrir as causas dos tremores de terra que assustaram moradores da cidade no final do ano passado já foi dado. Ontem pela manhã, três especialistas do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) se reuniram com o secretário municipal de Meio Ambiente, Adelino Teles, para definir as estratégias da pesquisa. Durante a tarde, eles montaram os equipamentos para a instalação de sete estações sismográficas em diferentes áreas da cidade, que medirão as vibrações do solo durante 15 dias.
A equipe que está em Caxias já participou de pesquisas semelhantes em outras regiões do Brasil. O trabalho será coordenado pelo geólogo Cristiano Naibert, que garante ser normal a ocorrência de pequenos tremores.
– Ainda não temos como falar sobre o que aconteceu em Caxias. Pode ser uma acomodação do solo. Caso seja mesmo um tremor de terra, não há com o que se preocupar. O Brasil não está em uma área de risco – afirma.
A fase do trabalho em Caxias segue até o dia 21 de janeiro. A análise dos dados será feita em Brasília e deve ser concluída entre 30 e 40 dias.
Saiba mais
- Para medir a força dos tremores em Caxias do Sul, sete sismógrafos serão utilizados pela equipe da UnB. Os aparelhos ficarão instalados em áreas afastadas.
- Os equipamentos serão enterrados em pequena profundidade. O raio de cobertura deles alcança alguns quilômetros.
- O sismógrafo é composto por um sismômetro e o registrador digital. O sismômetro funciona como um pêndulo muito sensível. Qualquer vibração no solo faz o pêndulo mexer e emitir sinais. Os sinais são captados e amplificados pelo registrador, que interpreta o movimento e mede a intensidade do tremor.
(Por Vagner Benites, Zero Hora, 15/01/2010)