Nos últimos 50 anos, milhares de pessoas foram vítimas de terremotos na América Latina. O tremor mais forte registrado nesse período, não apenas no continente como em todo o mundo, ocorreu no Chile em 22 de maio de 1960 e atingiu 9,5 graus na escala Richter. A cidade de Valdívia, que fica a cerca de 740 quilômetros de Santiago, foi a mais atingida pelo abalo, que gerou um maremoto com ondas de até 10 metros. Mais de 2 mil pessoas morreram.
As ondas apagaram do mapa cidades inteiras na costa chilena e fizeram vítimas também em outros países banhados pelo Pacífico como o Japão, as Filipinas e os Estados Unidos. A costa oeste da América do Sul fica numa região de encontro de duas placas tectônicas: a placa de Nazca, submersa no Oceano Pacífico, e a placa sul-americana, onde fica o continente.
O Chile é um dos países em que ocorrem mais tremores por ano, devido ao fato de grande parte de seu território estar exposto aos ajustes constantes destas duas placas. Causas Os terremotos se produzem pelo movimento das placas tectônicas que compõem a crosta terrestre.
Cerca de 90% dos tremores ocorrem ao longo das linhas de colisão entre as placas, que passam por vários países. Portanto, países que ficam próximos a essas falhas, como Estados Unidos, México, Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Peru e Chile, têm sofrido, ao longo dos anos, os mais devastadores terremotos de que se tem registro. O Brasil é atingido apenas por tremores de baixa intensidade devido à sua localização no centro da placa sul-americana.
Confira outros que estão entre os piores terremotos da região nestas últimas cinco décadas. Costa Rica: janeiro de 2009 Pelo menos 34 pessoas morreram vítimas de um tremor de 6,2 graus na escala Richter com epicentro a 32 quilômetros da capital do país, San José.
Foi o tremor mais intenso sentido nas proximidades do vulcão Poás nos últimos 150 anos. Peru: 15 de agosto de 2007 Um terremoto de 7,9 graus com epicentro na costa central do país a 45 quilômetros de Chincha Alta provocou a morte de 519 pessoas, deixando mais de 300 mil desabrigados. México: 19 de setembro de 1985 A capital mexicana foi atingida por um terremoto de 8,1 graus, que chegou a ser sentido em Houston, no Texas.
Um abalo secundário de 7 graus, 36 horas depois, provocou mais devastação e elevou o número de mortos para cerca de 10 mil. Guatemala: 4 de fevereiro de 1976 Cerca de 25 mil pessoas morreram vítimas de um abalo de 7,6 graus que sacudiu o país da América Central. Nicarágua: 23 de dezembro de 1972 Um terremoto de 6,5 graus matou 10 mil pessoas em Manágua. Peru: 31 de maio de 1970 Um terremoto nos Andes provocou um deslizamento de terra que enterrou a cidade de Yungay e matou cerca de 66 mil pessoas.
(BBC / UOL, 14/01/2010)