(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
política energética fontes alternativas geração de energia
2010-01-14 | Julianaf

Medida facilita acordo global sobre financiamento de tecnologia contra o CO2

Duas usinas elétricas gigantes movidas a vento estão sendo construídas no país, que tem 93% de sua energia vindo de fonte suja

A China acabou com o limite no uso de peças importadas para a montagem de turbinas usadas na geração de eletricidade por energia eólica. O fim da barreira protecionista pretende dar mais impulso à energia renovável e facilitar o acesso à tecnologia estrangeira.

A decisão foi tomada pela poderosa Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o principal organismo de planejamento do país, que revogou a exigência de que 70% das peças das turbinas fossem nacionais, segundo noticiou ontem o jornal "China Business News".

A mudança ajudará "o desenvolvimento da indústria de energia eólica e vai abrir um mercado de concorrência racional", descreve nota da comissão enviada a governos locais. "A limitação estava impedindo a busca chinesa por tecnologias mais avançadas", afirma o comunicado. Empresas estrangeiras detinham 75% do mercado de turbinas até 2005, quando a barreira foi estabelecida. Em 2009, a participação foi de 25%.

A capacidade instalada de energia eólica do país alcançou 20 gigawatts (bilhões de watts) no final de 2009, segundo previsão da agência de notícias Xinhua. Isso faria o país ultrapassar a Espanha, que nos dados consolidados de 2008 foi o terceiro maior produtor de eletricidade por turbinas de vento, atrás de EUA e Alemanha.

Cerca de 70% da energia na China, porém, é produzida em termelétricas a carvão, e 23% saem de petróleo e gás natural, o que faz do país o maior emissor de gases do efeito estufa no mundo. Uma abertura maior do mercado chinês a tecnologias de energia limpa pode ajudar a destravar as negociações para financiamento de medidas de corte de emissão, que terminaram em fiasco na conferência do clima de Copenhague, em dezembro.

A China tem hoje 6% de sua energia oriunda de hidrelétricas, mas menos de 1% do resto de sua matriz é limpa e renovável. O governo tem meta de gerar 15% de sua energia a partir de fontes renováveis até 2020.

Dois dos maiores produtores de painéis solares do mundo estão no país. Atualmente estão em construção na China as duas maiores usinas de energia eólica do mundo. A maior será na Província de Gansu, no noroeste, com capacidade de 20 gigawatts a um custo de R$ 30 bilhões. Em 2020, ela poderá gerar 20 vezes mais energia do que a usina de Roscoe, no Texas, hoje a maior do mundo.

A segunda mais poderosa será em Ordos, na Província da Mongólia Interior, norte da China, no deserto de Gobi. Parceria da empresa municipal Nova Energia com a americana First Solar, a usina de 12 gigawatts terá energia eólica, solar e de biomassa.

Segundo um estudo publicado em setembro pela revista "Science", o vento que sopra na superpotência asiática poderia dar conta de toda a demanda futura de energia do país até 2030. Para isso, seriam necessários investimentos de US$ 4,6 trilhões (quase o triplo do PIB brasileiro) em 20 anos, na conta do climatólogo Michael McElroy, da Universidade Harvard, autor principal do estudo.

(Por Raul Juste Lores, Folha de S. Paulo, 13/01/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -