Três britânicos e um holandês foram acusados pelas autoridades belgas por lavagem de dinheiro em atividades fraudulentas no mercado de carbono, equivalendo a cerca de US$ 3,4 milhões, reportou a Reuters.
Este tipo de fraude ocorre quando os créditos de carbono são comprados em um determinado país europeu e importados para outro sem o pagamento da taxa de valor agregado (VAT, sigla me inglês). Ao vender os créditos para terceiros, os fraudadores cobram a taxa e desaparecem sem repassar para os governos. No caso belga, a VAT equivale a 21%.
Cowboys do carbono
Já do outro lado do mundo, a Comissão Australiana para os Consumidores e Competição (ACCC, sigla em inglês) declarou que está acompanhando o setor de negócios ‘verdes’ após obrigar uma empresa de energias limpas a comprar créditos de carbono que havia prometido adquirir em nome dos clientes, mas não o fez.
A Global Green Plan fazia parte de um programa do governo para incentivar o uso de energias limpas sob o qual compraria certificados de energia renovável em nome dos clientes. Porém a empresa não utilizou todo o dinheiro proveniente dos clientes para comprar os certificados, segundo o site Smart Company.
O presidente da ACCC Michael Schaper disse que existem duas áreas de preocupação, o marketing verde e reivindicações sobre o carbono (seqüestro, compensação e redução de emissões). Ele aconselha as pequenas empresas deste setor a ter cautela ao alegar alguma credencial verde, por exemplo no uso das metodologias para contabilizar emissões de carbono.
“Acredito que, geralmente, 99% dos problemas são genuinamente erros. Mas existe um pequeno grupo que são cowboys do carbono”, ressaltou Schaper.
(Por Fernanda B Muller, CarbonoBrasil / Envolverde, 12/01/2010)