Há oito anos, governantes de todo o mundo prometeram reduzir o ritmo da extinção de animais até 2010. O ano chegou e a promessa não foi cumprida, alertam as Nações Unidas, principalmente por causa do crescimento acelerado dos centros urbanos e dos campos de agricultura.
No lançamento do “Ano da Biodiversidade” das Nações Unidas, Achim Steiner, o diretor-executivo do programa ambiental da ONU (Unep), pediu aos governos de todo mundo que incluam a preservação das espécies em suas agendas oficiais.
A urgência da situação pede uma ação global para reduzir a rapidez com que os animais estão sendo extintos. Precisamos restaurar a infraestrutura ecológica que foi tão degradada no último século - afirmou.
Para as Nações Unidas, a perda das florestas e dos manguezais trará danos irreversíveis à saúde e ao bem-estar dos humanos. Cientistas acreditam que estamos no meio da sexta grande onda de extinção. A diferença é que as cinco primeiras foram causadas por desastres naturais, como asteróides ou vulcões, enquanto esta é causada pelos homens.
A perda da biodiversidade custa US$ 2,5 trilhões à economia global anualmente, segundo estimativas da ONU. A organização espera que em outubro, na conferência do clima no Japão, governantes assinem um documento legal se comprometendo com a preservação das espécies. Porém, após o fracasso de Copenhague, a expectativa das Nações Unidas é baixa. Entre os animais ameaçados de extinção nos próximos anos estão o urso polar, o panda e o gorila-das-montanhas.
(O Globo / ANDA, 11/01/2010)