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poluição marítima vida marinha
2010-01-12 | Tatianaf

O copo de plástico, a sacola, o papel de bala, entre outros lixos jogados da janela do carro, do ônibus e até mesmo por quem anda a pé, vão certamente parar no mar, segundo especialistas. E, de lá, afirmam eles, seguem oceano afora e podem ser ingeridos por animais como tartarugas e golfinhos, levando-os à morte. Aqui, o problema e recorrente, foi destaque nacional e pode ser visto a olho nu em praias como Regência, em Linhares, norte do Estado.

A informação foi ressaltada neste domingo (10), no programa Fantástico, da Rede Globo. Segundo a matéria, um golfinho foi uma das últimas vítimas do lixo no Estado. Do animal, só sobrou o esqueleto, e a informação do Instituto Orca é de que o animal deixou de se alimentar após ter ingerido um pedaço de plástico, morrendo de inanição: um pedaço de plástico foi encontrado no estômago e outro no esôfago.

Segundo o presidente do Instituto Orca, que participa da reportagem, Lupércio Araujo, tratava-se de uma espécie rara de golfinhos, a de dentes rugosos.

Lupércio é conhecido no Estado por alertar para os perigos do lixo e também da pesca predatória com redes de arrasto, que além de capturar animais como tartaruga e golfinhos, são responsáveis pela morte de muitos desses animais. Machucados pelas redes, muitas vezes as espécies chegam à praia com poucas chances de sobreviver. E o mesmo, alertou ele, ocorre com o animal que ingere o lixo.

Além do plástico, que é confundido com algas pelos animais, outros tipos de dejetos são encontrados dentro dos animais, comoo tampas de garrafas pets, pedaçosde canudo, palitos de sorvete, entre outros.  Sem conseguir digerir o lixo, a tartaruga, por exemplo, não consegue sequer afundar. Desnutrida, acaba morrendo.

Com a proximidade dos centros urbanos ao mar, o problema se torna ainda mais difícil de resolver. No fundo do canal de Guarapari, informou a reportagem, o lixo não desaparece. “Resiste ao tempo e se mistura à vida marinha”.

A Baía de Vitória é outro exemplo. Ao receber parte do esgoto de Vitória  sem tratamento, a região fica repleta de lixo. Um sofá já chegou a ser encontrado na região por mergulhadores.

No fundo do mar, em diversas regiões do Estado, contam os ambientalistas, é possível encontrar garfos de plástico, facas, garrafas, copos, sacolas, pedaços de chinelos, vidros de xarope, pentes, escovas de dente, entre outros lixos. O problema pode ser testemunhado também em praias de água doce, formadas com o encontro do rio Doce com o mar, em Regência, no município de Linhares.

A região foi destaque na matéria exibida pelo Fantástico. E é lá que o retrato do descaso com o meio ambiente se faz mais presente. Na região aglomera-se todo o tipo de lixo que vem dos 200 municípios cortados pelo recurso hídrico. Além da população local e do turismo, quem mais sofre com isso são os animais. Ao visitar o Projeto Tamar, que tem base na região, é possível ver tartarugas sofrendo por terem ingerido lixo. A informação é que pedaços de plástico podem ser facilmente confundidos com algas.

A informação, segundo a reportagem exibida pela Globo, a cada dez tartarugas mortas, quatro morreram por terem ingerido lixo. “Dentro de uma única tartaruga verde encontrada no litoral capixaba havia plástico de todo jeito e tamanho, pedaços de canudo e até tampas de garrafa pet”.

“O bicho confunde o plástico com o seu alimento, as algas, e o material não é digerido, fica no estômago do animal impedindo que se alimente. Além disso, ele não consegue mais afundar, tem dificuldade para respirar. Precisa de tratamento urgente, à base de soro. Uma papa verde, mistura de peixe e couve, é para o animal já mais forte, que tenta sobreviver”, contou a reportagem.

A informação, segundo a matéria, é que em um século cem milhões de toneladas de plástico foram lançadas nos mares e pouco deve mudar.

(Por Flavia Bernardes, Século Diário, 11/01/2010)

 


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