Integrantes do Movimento de Revitalização do Rio Pardinho começam a organizar nessa semana uma operação para retirada de galhos e entulho acumulados com a chuva da semana passada. O trabalho deve ser realizado na primeira semana de fevereiro e vai iniciar por Sinimbu.
A decisão foi tomada depois de uma vistoria realizada no local sexta-feira passada. No fim de semana o biólogo da Unisc, Jair Putzke, sobrevoou o Pardinho para verificar as proporções dos estragos. Foi possível observar que a degradação das margens se agravou e que ainda existem muitos galhos e lixo acumulado no local.
A intenção, de acordo com a promotora de Defesa Comunitária, Roberta Brenner de Moraes, é congregar os moradores de Sinimbu e Santa Cruz do Sul para realizar o trabalho. Ela se reuniu com o prefeito do município vizinho, Mário Rabuske, a fim de avaliar a situação. “Depois da chuva da semana passada o Pardinho sofreu mais uma vez. Então queremos nos mobilizar para a limpeza que será feita por um mutirão tecnicamente em condições”, salientou.
Outra reunião foi realizada com os dirigentes da Fepam e Defap em Santa Cruz. “A intenção é agilizar os pedidos para fazer o desassoreamento do rio”, completou. Essa proposta já vinha sendo discutida pelos integrantes do Movimento de Revitalização. Também deve ser avaliada uma autorização que a Prefeitura de Sinimbu tem desde 2004. Segundo esse documento, poderia ser feita a retirada de material do leito para evitar o assoreamento.
Saiba mais
O Movimento de Revitalização do Rio Pardinho foi criado com a proposta de preservar o manancial responsável pelo abastecimento de Santa Cruz do Sul. Com nascente na região de Boqueirão do Leão e foz em Rio Pardo, o Pardinho tem 122 quilômetros de extensão. Com o avanço da agricultura grande parte das margens foi ocupada e isso provocou assoreamento. No ano passado começou a ganhar força uma iniciativa que visa conscientizar os agricultores sobre os cuidados quanto à preservação das áreas próximas ao leito. Reuniões com os proprietários de terras foram realizadas e todos concordaram em aderir ao movimento cuidando das margens.
(Por Dejair Machado, Gazeta do Sul, 11/01/2010)