O Google anunciou recentemente o desenvolvimento de uma nova tecnologia que permitirá a observação e mensuração em escala . A tecnologia deverá contribuir com redução dos desmatamentos e, consequentemente, com a diminuição das emissões de gases causadores do efeito estufa. Segundo informações da Google, somente as emissões geradas pela destruição de florestas tropicais se igualam às emissões de toda União Européia e são maiores que os níveis emitidos por todos os carros, caminhões, aviões, navios e trens de todo o mundo.
A tecnologia também tem potencial para ser uma forte aliada do REDD (Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal em Países em Desenvolvimento) – projeto das Nações Unidas que pretende oferecer incentivos financeiros aos países em desenvolvimento para que eles protejam suas florestas. “Implantar um sistema de REDD global exigirá que cada nação tenha a capacidade de monitorar e informar com precisão o estado das suas florestas ao longo do tempo e de uma forma que isso seja verificável de forma independente. No entanto, muitas dessas nações não dispõem de recursos tecnológicos para fazer isso, por isso estamos trabalhando com cientistas, governos e organizações sem fins lucrativos para alterar esse quadro”, informam.
O programa utiliza a tecnologia do Google Earth, que exibe imagens de satélite de qualquer região do planeta, aprimorada por um software desenvolvido pelos cientistas Greg Asner e Carlos Souza que cria mapas de cobertura florestal e de desmatamento a partir das imagens de satélite.No protótipo, as autoridades ambientais ou pessoas e ONGs interessadas em monitorar as florestas poderão verificar essas imagens de determinada área, e conferir dados científicos de como o tamanho e a forma da cobertura arbórea mudou ao longo do tempo.
Dados de todos os cantos da terra (do passado, presente e futuro) poderão ser facilmente disponibilizados nessa plataforma gratuita e global. Qualquer pessoa, utilizando qualquer computador, poderá acessar em segundos a informações sobre os desmatamentos ocorridos nos últimos 30 dias.A tecnologia ainda está em fase de estudo e foi disponibilizada apenas para um pequeno grupo que irá testá-la por mais algum tempo. Mas os ansiosos podem ficar despreocupados - a empresa afirma que o serviço está disponível para o público ainda em 2010.
(Embrapa Florestas / EcoAgência, 09/01/2010)