Um mapeamento detalhado das áreas de risco de deslizamentos provocados pelas chuvas continuou neste domingo (10), com a utilização de um pequeno avião e de lanchas. "Estamos fazendo um levantamento fotográfico bem detalhado para encaminhar ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea)", disse Marco Aurélio Vargas, secretário de Meio Ambiente de Angra dos Reis.
No sábado (09/01), Marco Aurélio esteve reunido com a secretária estadual de Meio Ambiente, Marilene Ramos, para definir prioridades e dar continuidade aos projetos que serão implementados no município nas áreas de habitação e contenção de encostas. A reunião, da qual participaram também o secretário de Obras, Ricardo Tabet, e o subsecretário de Habitação, Leonardo Corrêa, serviu para começar a definir a distribuição dos R$ 80 milhões que o município receberá do Ministério da Integração Nacional.
"Precisamos definir os projetos para levarmos as propostas para o governo federal", disse Marilene. Ela informou que acompanhará o governador Sérgio Cabral, na próxima quarta-feira (13), em seu encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para a apresentação das propostas que beneficiarão não apenas Angra dos Reis, mas também cidades da Baixada Fluminense.
A secretária afirmou na reunião que espera que em Angra sejam realizados projetos habitacionais que somem mil habitações, fundamentais para o assentamento dos moradores que hoje habitam áreas de risco. Em relação ao trabalho de contenção de encostas, Marilene destacou as áreas mais emergenciais, no morro da Carioca, no centro de Angra, e na Praia do Bananal, em Ilha Grande, locais onde os deslizamentos de terra e pedras provocaram a morte de 52 pessoas na virada do ano.
Acompanhada de técnicos da secretaria, do Inea, da Coppe/UFRJ e do Departamento de Recursos Minerais, Marilene visitou outros pontos do município, como os rios Bracuí, Mambucaba, Perequê e Japuíba. "A análise desses rios servirá para nossos projetos de macrodrenagem", afirmou Marco Aurélio. As obras de macrodrenagem são consideradas importantes para reduzir a frequência das enchentes nos bairros próximos a esses rios.
(Por Riomar Trindade, Agência Brasil / UOL, 10/01/2010)