Para marcar a data, Curitiba inaugura o primeiro de 100 espaços de preservação, a Ilha de Biodiversidade Urbana
A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou nesta quinta-feira (7) o Ano Internacional da Biodiversidade. O lançamento aconteceu durante a 2ª Reunião sobre Cidades e Biodiversidade, organizado na capital paranaense pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da ONU, que reúne prefeitos e líderes ambientais de 11 países.
"É com grande satisfação que Curitiba sedia as celebrações iniciais do ano Internacional da Biodiversidade", disse o prefeito de Curitiba Beto Richa no evento. "Prudentes no diagnóstico e otimistas na ação, acreditamos que 2010 traz a promessa de futuros avanços. Avanços imprescindíveis para as populações das cidades e do planeta como um todo."
Antes do lançamento do Ano Internacional da Biodiversidade, o prefeito Beto Richa inaugurou a Ilha de Biodiversidade Urbana, primeira de uma série de 100 bosques nativos que serão implantados na cidade. A entrega do bosque contou com a presença do argelino Ahmed Djoghlaf, secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, homenageado na oportunidade como nome do bosque.
"A inauguração do Bosque da Conservação da Biodiversidade Urbana é uma nova contribuição concreta de Curitiba para a proteção da diversidade biológica", disse Richa.
O novo bosque, no bairro Santo Inácio, preserva 5 mil metros quadrados de um rico fragmento da Floresta com Araucária, típica da região da Curitiba. No local, técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente identificaram 29 espécies de árvores nativas, 26 espécies de pássaros, além de répteis e anfíbios.
O bosque é o primeiro de 100 áreas na cidade que serão transformadas em ilhas de biodiversidade, uma categoria de área verde restrita ao acesso público que tem como objetivo exclusivamente a preservação de bancos genéticos de biodiversidade. As ilhas são áreas que pertencem ao município e que vão receber investimentos para a preservação.
O conjunto destas unidades abrange uma área total de dois milhões de metros quadrados de floresta e fauna nativas que merecem um tratamento diferenciado, pois cumprem papel essencial na qualidade de vida da população e na conservação da biodiversidade urbana. "Esta é uma questão de prioridade absoluta para Curitiba, pois aprendemos cedo a reconhecer o valor destas ilhas da natureza ameaçadas pela ocupação urbana", disse Richa.
(Contribuição por E-mail ao AmbienteJÁ, 08/01/2010)