Prefeito em exercício vistoriou o trabalho e garantiu a agilidade na recuperação
A passarela de pedestres e parte de uma das pistas da ponte sobre o Arroio do Salso, no bairro Restinga, ruíram na manhã de ontem. Uma das causas mais prováveis dos incidentes foi o excesso de chuva que caiu na Capital na noite de quarta-feira - o que aumentou o nível da água e forçou as estruturas das construções. O acidente ocorreu às 7h30min, e obrigou a EPTC a interditar o local. Técnicos da SMOV, do DEP e do DMAE realizaram uma avaliação estrutural da ponte e decidiram manter a interrupção nos dois sentidos. O desvio dos veículos e de ônibus das linhas Restinga, Lami e Belém Novo, está sendo realizado pela rua Darci Pereira Posi, pela estrada Chapéu do Sol e pela avenida Juca Batista.
O comandante da Defesa Civil da Capital, Léo Bulling, informou que o Guaíba está sendo monitorado - principalmente após a elevação do nível do rios que descem em direção à Lagoa dos Patos. "Em Porto Alegre, o clima é de atenção", ressaltou. De acordo com ele, a inundação das ilhas começa quando o Guaíba chega a 1,95 metro acima do seu nível, mas até o fim da tarde de ontem estava em 1,68 metro.
O prefeito em exercício, Nelcir Tessaro, esteve no local para vistoriar o trabalho. A queda da construção motivou a manifestação do coordenador do Núcleo de Ação e Inclusão Social da Zona Sul de Porto Alegre (NAISUL), André Carús. Para ele, ainda há muitos problemas de infraestrutura no bairro e seria "a hora de se pensar, com responsabilidade, em um debate sobre a emancipação da Restinga". Algumas das melhorias necessárias citadas por Carús são relativas à segurança pública, à educação profissional e à construção de um hospital.
O dirigente criticou, ainda, as posições de alguns vereadores, e disse que a população deve ser vista como parceira e não como massa de manobra para atingir objetivos eleitorais. "O atual governo municipal está fazendo muito na área da educação infantil e na viabilização da Escola Técnica, porém muitos políticos adotam a postura do quanto pior melhor", afirmou.
(Correio do Povo, 08/01/2010)