Os ativistas contrários à caça das baleias se esforçavam nesta quinta-feira (07/01) para salvar seu barco, o trimarã de alta velocidade "Ady Gil", que tem destino incerto após a colisão da véspera com um baleeiro japonês na Antártica.
Os tripulantes tentaram recuperar o combustível e os equipamentos eletrônicos da embarcação ultramoderna, uma das mais célebres do mundo, cuja proa foi partida após o conflito de quarta-feira.
O trimarã de fibra de carbono e kevlar, que estabeleceu o recorde da volta ao mundo de embarcações a motor em 2008 com o nome anterior de "Earthrace", continua varado fora da Baía Commonwealth da Antártica, sob risco de afundar.
"Basicamente permaneceram 36 horas junto ao 'Ady Gil' recuperando tudo o que podiam", explicou Locky Maclean, primeiro oficial do barco antibaleeiro "Steve Irwin".
Ele disse que o "Bob Barker", outro barco antibaleeiro operado pelo grupo ecologista Sea Shepherd, tentou sem sucesso rebocar o 'Ady Gil', embarcação avaliada em dois milhões de dólares.
O vídeo do incidente mostra o barco japonês avançando contra a proa do "Ady Gil", enquanto os tripulantes tentam se salvar. Um dos seis membros da tripulação teve várias costelas fraturadas.
Os ecologistas esperam que um navio de pesquisas francês consiga resgatar o trimarã. Os ativistas prentendem continuar a perseguição à frota japonesa, que já abandonou a área. Paul Watson, capitão do "Steve Irwin", lamentou a perda do trimarã, financiado pelo empresário de Hollywood Ady Gil, mas afirmou que foi uma baixa provocada pela "guerra" contra a caça das baleias.
(AFP / UOL, 07/01/2010)