Ambientalistas e procuradores da República diziam que medida de Cabral prejudicava áreas de preservação
A secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, anunciou nesta quarta-feira, 6, que o decreto da Área de Proteção Ambiental de Tamoios, que abria a possibilidade de novas construções na Região de Angra dos Reis e Ilha Grande, no Rio de Janeiro, está suspenso. Ambientalistas e procuradores da República acusam a regra, baixada no ano passado pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), de ter prejudicado áreas de preservação permanente.
"O decreto não tem interferência com risco de ocupação. Procura organizar as ocupações em zonas de conservação da vida silvestre e não em zonas de preservação, onde continua proibida a ocupação do solo. Mas, tendo em vista a polêmica suscitada, os efeitos desse decreto estão suspensos até o fim do estudo de revisão do Plano de Manejo da região, que já está em andamento", disse a secretária.
Ela estimou que a longo prazo cerca de 3 mil casas serão removidas em toda a região de Angra dos Reis e Ilha Grande. De acordo com Marilene, técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) iniciaram hoje um levantamento das áreas de risco em toda a Ilha Grande.
(Por Pedro Dantas, O Estado de S. Paulo, 06/01/2010)